CAFÉS BRASILEIROS: PATRIMÔNIOS, HISTÓRIAS E SABORES

Angela Inês Liberatti, Paulo Fernandes da Silva

Resumo


O café constitui um patrimônio significativo da cultura brasileira. Diferente do que se imagina ele não é único, as características organolépticas do café ainda em grãos podem ser muito diferentes de acordo com a região em que for cultivado. Um café pode apresentar aromas, gostos e sabores diferentes dependendo do modo como for produzido, beneficiado, torrado e extraída a bebida. Nossa pesquisa refere-se a essas formas e sabores diversos que constituem um patrimônio imaterial e de como esse produto foi importante na construção de uma memória coletiva, partindo do pressuposto que a expansão cafeeira ocorrida no Brasil, a partir do século XIX, produziu um acervo histórico e gastronômico rico e diverso. Busca mapear a produção do café Arábica, e suas subespécies, em várias regiões dessa imensidão territorial brasileira é nosso principal objetivo. Nosso método é a genealogia foucaultiana, que nos permite fazer cortes na continuidade história para verificar a emergência de diversidades culturais e hábitos gastronômicos. Introduzido no Brasil, tornou-se conhecido quando, em 1808, a família real portuguesa deslocou-se da Europa, fazendo do Rio de Janeiro a capital do império português. A demanda pelo café determinou a expansão territorial pela produção extensiva e, foi assim, que o espaço geográfico brasileiro abriu-se sem limites ao café: solo fértil e inculto em grandes extensões.

Palavras-chave


Café brasileiro, patrimônio material; patrimônio imaterial; cafés especiais.

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